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O que fazer para prevenir e evitar as cólicas nos bebês?



Os gases são um problema muito comum nos primeiros meses de vida do bebê, e atingem cerca de 75% dos recém nascidos. Posso dizer que faço parte da minoria que foi privilegiada com um bebê que não teve cólicas. Não posso afirmar com certeza por qual motivo ele não teve cólicas, mas posso compartilhar os cuidados que tive comigo e como bebê, como forma de prevenção.
Nas últimas semanas de gestação, consultei uma nutricionista para me auxiliar com a alimentação durante o pós parto, pois ouvia muitas pessoas falando sobre inchaço, problemas com intestino preso (principalmente quem faz cesária devido a anestesia), e as temidas cólicas do bebê, já que aquilo que a mãe ingere acaba passando para o bebê.

Primeiros 15 dias
Nos primeiros 15 dias do meu filho, onde a formação de gases é muito comum (podendo se estender até o 3 mês), devido a imaturidade do sistema digestivo do bebê, tomei muuito cuidado com a minha alimentação, mas gostaria apenas de ressaltar um acontecimento. Algumas vezes eu percebia um certo incomodo da parte dele, e na consulta de 7 dias comentei com o pediatra, que prontamente vendo os sintomas, nos informou que não era cólica, e se tratava de um incomodo devido ao aumento do tamanho de seu estomago
O estomago do bebê
O estômago de um recém-nascido cresce rapidamente, se levarmos em conta o tamanho logo ao nascimento. No primeiro dia, o estômago do bebê é do tamanho de uma cereja, sendo necessários de 5 a 7 ml de leite para satisfazê-lo. Com três dias de vida esse tamanho é bem maior, aproximadamente a medida de uma noz, sendo necessários de 22 a 27 ml para preenchê-lo.
Com uma semana essa medida é maior ainda, aproximadamente o tamanho de um pêssego, sendo capaz de receber de 45 a 60 ml de leite. E ao completar o primeiro mês de vida, seu tamanho é aproximado a de um ovo grande, com capacidade de armazenar de 80 a 150 ml.
'Dieta' Alimentar
Voltando aos cuidados com a alimentação, a minha nutricionista aconselhou que eu retirasse do meu cardápio todos os alimentos que provocam gases,e aos poucos fosse introduzindo novamente em minha alimentação para ir 'testando' se o que eu comia gerava algum desconforto para o estomago do bebê ou não.
Meu principais cardápios eram:
Café da manhã | Café da tarde• Suco de fruta, chá de camomila.
• Frutas maçã, banana, pêra, pêssego e mamão (a recomendação eras para evitar frutas cítricas), milho, pão Integral, bolacha água e sal, torradas.
• Pão Integral
Almoço | Janta• Suco de Fruta - 15 min antes da refeição ou 1h depois
• Carne sempre temperada com tempero natural, sopas,arroz (branco) , feijão (deixando de molho para reduzir os gases produzidos), batata, cenoura, alface (que é considerado um calmante natural e auxilia no sono);

E durante todo o dia MUITA ÁGUA (matéria prima do leite materno).
Alimentos a serem evitados 

No geral eram alimentos que provocam gases:
Leguminosas: ervilha, lentilha, grão-de-bico, feijão;
Vegetais verdes: repolho, brócolis, couve de Bruxelas, repolho;
Alimentos ricos em frutose: alcachofra, cebola, peras, trigo e refrigerantes;
Lactose, o açúcar natural do leite;
Alimentos ricos em amido: milho, macarrão e batatas;
Alimentos ricos em fibras solúveis: farelo de aveia e frutas;
Grãos integrais: arroz integral, farinha de aveia e farinha de trigo integral;
Sorbitol e xylitol, que são adoçantes naturais;
Ovos.



Alimentos para consumir com moderação
Bebidas com cafeina - Chá (mate) e café - A recomendação é para tomar no máximo duas xícaras de café por dia;

E quando voltei a minha rotina de alimentação?

Com um mês de pós parto, fui introduzindo algumas coisas aos pouquinhos, mas achocolatado por exemplo, eu tomei e soltou o intestino do meu filho, então parei novamente. 

Uma dica que achei legal, é que a nutricionista aconselhou não inserir muitos alimentos de uma só vez, para que se o bebê sentir algum incomodo, conseguir identificar qual alimento esta gerando o incomodo. 


Importante ressaltar que a ciência ainda não conseguiu comprovar uma relação direta entre a alimentação da mãe e o aparecimento de cólicas nos bebês, mas muitas mulheres observam essa associação no dia a dia.
E abaixo vou ressaltar alguns pontos que também são bem importantes para evitar a cólica no bebê.
Colocando o bebê para arrotar
É verdade que quando o bebê está mamando, seja no peito ou na mamadeira, geralmente há uma ingestão de ar. Isso ocorre principalmente em bebês que mamam em mamadeira, ou bebês que mamam mas não fazem ainda a pega correta.
Com o estômago cheio de ar e o sistema digestivo ainda imaturo, aparecem as terríveis cólicas. O arroto nesta caso, vem como uma forma de tentar evitar que as cólicas apareçam. Depois da mamada, a mamãe deve colocar seu bebê na posição vertical com a cabeça no seu ombro e a barriga encostada no peito. O arroto aparece até os dez primeiros minutos, podendo as vezes demorar um pouco mais.


Ofereça a amamentação materna exclusiva nos primeiros seis meses
Se a principal teoria por trás das cólicas é a imaturidade intestinal para digerir os alimentos e coordenar a peristalse, a melhor forma de reduzir esse problema é oferecendo ao bebê o único alimento feito especialmente para ele: o leite materno.
Como o leite da mãe é digerido mais facilmente, a chance de um bebê que está sendo amamentado no peito ter cólicas é menor do que a de um bebê que toma leite de vaca ou fórmulas infantis.
Corrija erros na pega
A forma como o bebê posiciona sua boca ao mamar — a famosa pega — pode aumentar o risco de cólicas. Se a pega do bebê é ruim e ele engole muito ar durante as mamadas, há uma maior tendência ao intestino ficar cheio de ar e distendido, provocando maior desconforto.
Por isso, durante as mamadas, fique atenta à pega e corrija qualquer erro, garantindo que a a barriga do bebê esteja encostada na barriga da mãe, que a boca do bebê cubra não só o mamilo, mas também quase toda a aréola, que os lábios estejam evertidos e que o bebê esteja realmente sugando o leite e não apenas usando-o como chupeta.
Preparar as medidas certas 

Quando o bebê não é amamentado, deve preparar-se o leite do bebê de acordo com as instruções que vêm no rótulo da embalagem do leite, pois se for colocado pó a mais ou menos na preparação do leite, o bebê pode ficar com gases e até prisão de ventre.

O que a mamãe pode ingerir para aliviar os sintomas de cólica do bebê?
Vejo em muitos grupos muitas mamãe desesperadas com seus filhos com cólica, e dispostas a dar qualquer coisa para acalmar o bebê, é verdade que não é legal ver nossos filhos sofrendo mas temos que agir sempre com cautela. Até os 6 meses do bebê, não é indicado a ingestão de nenhum - repito nenhum- alimento a não ser o leite materno. Mas é possível a mãe ingerir alguns chás, que acabam passando suas propriedades para o leite, com a função de aliviar os desconfortos, e os indicados para  são os chás de lavanda  e camomila com erva-doce.

É cólica mesmo?


A cólica vem sempre acompanhada de alguns sinais:
- O bebê chora sem parar
- Você já o alimentou, trocou a fralda, verificou se não era frio ou calor, e mesmo assim seu filho continua chorando
- Ele se contorce e flexiona as perninhas em direção ao abdome
- A barriga fica endurecida
- Ele solta gases
- O rosto fica avermelhado
- As mãos ficam com os punhos fechados
- A expressão do rosto é de dor e sofrimento


É coloca mesmo, e agora?


Realize compressas mornas na barriguinha do bebê - 
O calor ajuda a aliviar as cólicas do bebê, podendo ser oferecido na forma de um pano recém-passado, uma bolsa de água quente, uma bolsa térmica de gel ou mesmo pelo contato pele a pele com a barriga ou o antebraço da mamãe ou do papai. Hoje em dia é bem comum achar as bolsas com sementes que resolvem e são super práticas.
Dê os remédios prescritos pelo pediatra - Existem alguns remédios para dor e para gases que são seguros para serem usados por bebês de qualquer idade, sendo muitas vezes prescritos pelo pediatra antes mesmo da criança ter alta da maternidade.
Não há por que ter medo de dar os remédios uma vez que eles tenham sido prescritos pelo médico e os pais sigam as orientações específicas em relação à dosagem e à forma de administração. Mas, apesar de serem uma opção na hora da cólica e reduzirem um pouco o desconforto da criança, os medicamentos não previnem o surgimento do problema.
Vale lembrar que não existe um remédio específico para as cólicas do bebê, já que elas não estão associadas a nenhuma doença. São um problema fisiológico, comum em recém-nascidos, que têm um sistema digestivo ainda imaturo, em desenvolvimento. Tenha paciência

Exercite as pernas do bebê - Com o bebê deitado de costa, flexione suas perninhas sobre o abdome e mexa-as de cima para baixo por alguns minutos. Estes exercícios ajudam o bebê a liberar gases e, portanto, aliviam um pouco o desconforto intestinal, lá em casa é a famosa bicicletinha.

Tenha paciência As cólicas são piores ao final da tarde e início da noite, quando os pais já estão mais cansados e estressados, o que parece ser um dos fatores desencadeantes das cólicas. Quando o ambiente está mais relaxado, os pais conversam com a voz baixa e evitam discussões, o bebê se sente mais seguro e menos estressado, o que o deixaria menos propenso a ter os problemas de digestão associados à cólica.
Além disso, por pior que as cólicas sejam, elas são um problema temporário que vai desaparecendo à medida que o intestino do bebê vai amadurecendo. O mais comum é que no segundo mês o desconforto já comece a ficar menor, desaparecendo ao final do primeiro trimestre, e trazendo mais tranquilidade aos pais. E assim como muitas outras fases, é passageira.
Fontes:Sociedade de Pediatria para Famílias, Drº Araquem Cunha - Pediatra | CRM 16644, Drº R e Dr. Paulo Roberto Maciel - CRM-PR 25329
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