Hoje quero conversar um pouquinho com vocês sobre um assunto que vive assombrando a maioria das mamães. O ganho de peso de nossos pequenos.
Quem leu o título, e entrou aqui procurando uma formulá mágica para isso acontecer, já vou adiantando que não é sobre isso que eu vou falar.
Meu filho tem 1 ano e 3 meses e pesa 8,5kl! Meu Deus, só isso? Ele não tem dobrinhas? Será que seu leite não é fraco? Será que ele não está passando fome? Será que não é melhor dar complemento com LA? Vitamina? Ta comendo bem?
Esses questionamentos tiraram a minha paz até os 4 meses de vida do meu filho.
PAREM COM ISSO!
O pediatra do meu filho é excelente, mas desde sempre fez uma pressão absurda para que desse complemento, porque na opinião dele, meu filho tinha que obrigatoriamente subir na temida curva de crescimento.
Sempre doei leite, achava meio incoerente dar LA para meu filho.
Amamentei ele exclusivamente até os 6 meses e até hoje o único leitinho que ele toma é o meu , mas essa grande vitória eu atrelo ao momento que eu tive que parar e resolver essa questão do peso dele primeiramente dentro de mim, e explico como e o porque.
Antes da consulta de 4 meses do meu filho, peguei a curva de crescimento do meu filho e fui até o banco de leite aqui de Curitiba localizada no Hospital de Clinicas, e lá fui muito bem recebida e orientada. Pedi que avaliassem a curva, a pegada, a quantidade de leite e postura. E saímos de lá com um 10 em todos esses quesitos.
A enfermeira Maria Celestina, chefe do Banco de Leite do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR, e consultora em Aleitamento Materno me explicou que o bebê em seu crescimento precisa acompanhar a curva de crescimento, seja ela lá no alto, no meio ou em baixo, mas ele precisa acompanhar uma curva. No meu caso, a curva tinha a sua variação, mas sempre foi uma curva (como é possível ver na imagem acima). Além disso é preciso estar atenta a quantidade de xixi que o bebê faz, acompanhar sua quantidade de sono, se esta ativo, e corresponde aos sinais equivalentes ao seu tempo de vida( senta, vira, acompanha com os olhos, coloca mão na boca, e etc...), e também verificar o biotipo dos pais.
Aqui abaixo, coloco o exemplo do que o pediatra do meu filho queria, para exemplificar que não é isso que realmente importa.
Sai da avaliação com a Dra Celestina com 1000kl a menos nas costas, relaxei mais na hora de amamentar e na rotina com meu filho, e passei a olhar peso e curva apenas na consulta mensal. O pediatra, percebeu que ele era um bebê magro mas muito saudável, e nos deu até parabéns por ter insistido na amamentação sem fórmulas.
Saúde não tem haver com peso. Tem muito bebê gordinho, com gripe, infecção de garganta, pneumonia, coisa que até hoje o meu bebê NUNCA teve.
Para você mamãe que sofre com essa cobrança e com essa pressão como um dia eu sofri eu deixo a dica:
- não existe leite fraco
- não compare o peso do seu filho a outros bebês
- não queira logo de cara oferecer fórmula
- e procure ajuda de um especialista ou o banco de leite de sua cidade (na carteirinha de vacinação, geralmente tem o telefone e endereço)
Minha observação apenas é: não sou contra fórmula não, muito pelo contrário, se você acha que seu bebê está precisando, com orientação médica ofereça, repito COM ORIENTAÇÃO MÉDICA ( não da tia, da vó, da amiga, da vizinha, ok?).
E fique em alerta também, caso seu filho esteja caindo na curva. Porque realmente aí pode existir um problema.
O que vale sempre é a saúde de nossos pequenos, mas a nossa saúde mental também é de extrema importância, pois se não estamos bem, não vamos com eficacia cuidar de nossos bebês.
